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1/julho/2019

Ilha da Restinga, um santuário preservado em Cabedelo

Postado por Imprensa | 1/julho/2019 | Onde Ir

Ilha da Restinga, no litoral norte da Paraíba, um santuário preservado e repleto de histórias e lendas

 

Os turistas que visitam a Paraíba não deixam de conhecer dois pontos turísticos localizados no litoral Norte do Estado: a Praia pluvial do Jacaré, com direito a contemplar o pôr do sol ao som do Bolero de Ravel executado pelo músico Jurandy do Sax; e a Ilha de Areia Vermelha, privilegiadamente localizada a 2 km da orla marítima de Cabedelo, dentro do Oceano Atlântico. Mas, pequenos grupos de turistas estão descobrindo um local até então desconhecido pela maioria dos visitantes: a Ilha da Restinga, reconhecidamente como um imponente santuário da natureza, que permite aos turistas curtirem um dia bastante diferente e até inusitado. O local é preservado e para chegar o único meio de transporte são os barcos, que podem ser contratados por empresas de receptivo. A administração da Ilha formata pacotes para grupos especiais, com datas e horários pré-estabelecidos.

Localizada no estuário do Rio Paraíba do Norte, em uma área de 540 hectares, a Ilha da Restinga é uma das grandes surpresas para os que visitam ou moram na Região Metropolitana de João Pessoa. A ilha oferece aos visitantes trilhas que cruzam vegetação, lagoas e mangues, ideal para os aventureiros e aos estudiosos. O passeio permite também uma inesquecível aula de biologia, pois a biodiversidade permite o conhecimento teórico e prático sobre a flora, fama e história local.

 

A Ilha da Restinga está distribuída em cinco ecossistemas, em posição privilegiada nas cercanias de cinco municípios litorâneos: Cabedelo, João Pessoa, Santa Rita, Lucena e Bayeux. A ilha é dividida em Restinga de Baixo e de Cima, e graças à iniciativa dos irmãos Evelina e Pedro, é aberta a visitação pública. Grupos de estudantes do primeiro e segundo graus, e até universitários, frequentemente têm sido formados para explorar o turismo ecológico-cultural do local. Geralmente os grupos são formados por 15 pessoas.

 

Um pouco de história – A Ilha da Restinga já foi denominada comop ‘Frades Bentos’, quando foi alvo de explorações de pesquisadores subaquáticos. Além do fator da diversidade natural, as pesquisas buscam relíquias que estariam nos mangues circundantes. Diz a lenda que nos seus arredores estariam submersos tesouros deixados por espanhóis, portugueses e holandeses, que em épocas remotas disputaram a soberania daquela faixa de litoral paraibano. Nos livros, os historiadores narram que os holandeses conquistaram a Paraíba em 1634, quando já tinha sido erguido no local o ‘Forte da Ilha da Restinga’. A construção do forte havia sido autorizada pelo então governador Antonio de Albuquerque, mas que nos dias atuais as suas ruínas desapareceram.

 

O ‘Forte da Ilha da Restinga’ foi construído para resistir às invasões, como a dos holandeses, daí o registro das grandes batalhas travadas nas suas imediações e a crença dos aventureiros de que, nas águas turvas que cercam a Ilha existem tesouros em ouro, prata, cobre e bronze, soçobrados juntamente com os barcos de guerra batavos. Há uma crença de que na área da ilha existam realmente tesouros. Nos livros de histórias há uma passagem que reforça essa crença, dando conta de que em novembro de 1634 partia do Recife a esquadra holandesa denominada Zuickerland, cujo o objetivo era conquistar a Paraíba. Ao todo eram 32 navios, além de barcaças, com mais de 2,3 mil soldados a bordo. Nas imediações da Restinga foram afundados o brigue holandês Schouppe (1634) e o bergantin Sween, além do vapor inglês Psybe (1852) e o iate norueguês Alert (1893), afirmam os historiadores, repletos de moedas de ouro, prata, bronze e cobre.

Um estudo e pesquisa realizado pela Associação Paraibana de Pesquisadores Subaquáticos, junto aos registros da Marinha do Brasil, revelaram a existência de cascos naufragados na raia da ilha da Restinga. Um dos destroços pertence ao brigue holandês Schouppe, que naufragou em 1634, justamente o ano da terceira invasão holandesa à Paraíba. O bergantim Sween, também de nacionalidade holandesa, repousa nas proximidades. O vapor inglês Psybe afundou no local em 1852. Quarenta e um anos mais tarde (1893), foi a vez do iate norueguês Alert, que naufragou entre a Restinga e o local onde hoje se encontra o porto de Cabedelo.

 

 

 


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