No centenário do Rei do Ritmo, a dica é visitar Alagoa Grande, onde funciona o Memorial Jackson do Pandeiro
A rua doutor Apolônio Zenaide está localizada no centro comercial da cidade de Alagoa Grande, na região do brejo paraibano, distante 117 km da capital João Pessoa. É movimentada, de mão dupla, uma típica rua daquelas existente nas cidades do interior da Paraíba. Mas, há um detalhe: no número 687, num antigo casarão do século 19, funciona o Memorial Jackson do Pandeiro. O casarão é todo pintado em azul escuro e chama atenção pela movimentação no local que guarda discos, objetos, documentos, fotografias, vestuários e peças selecionadas por familiares e amigos do filho ilustre da cidade: o grande Jackson do Pandeiro.
Neste ano de 2019, visitar o museu é obrigatório. Ao longo de todo o ano estão previstas uma série de atividades oficiais comemorativas pelo centenário de nascimento de Jackson do Pandeiro. E o museu tem tudo a ver com este momento para os paraibanos. Diariamente o local é visitado por estudantes e turistas. Às sextas-feiras, o visitante é recepcionado por um artista local, Isaías Vicente, que interpreta o personagem Jackson do Pandeiro. A semelhança física chama atenção dos desavisados. Isaías, inclusive, toca pandeiro e canta os principais sucessos do Rei do Ritmo durante a visita às dependências do museu.
Pelas mãos de Isaías Vicente, às sextas-feiras, ou com a guia Gabriele Nunes nos outros dias da semana, conhecemos a história pessoal do grande músico e percurssionista paraibano. São dezenas de capas de discos, reportagens dos principais jornais do Brasil, livros, fotografias de shows com a parceira e esposa Almira Castilho de Albuquerque. Há também exposição dos instrumentos de percussão criados pelo músico paraibano, além de peças de roupas e chapéus, vários deles que eram sua marca registrada. Nas dependências do museu existe um mini-auditório para exibição de documentários e musicais sobre o paraibano famoso.
O secretário de Cultura e Turismo de Alagoa Grande, Marcelo Félix, um entusiasta do legado de Jackson do Pandeiro para a MPB, revela que neste ano de 2019 ocorrerão uma série de homenagens ao filho mais famoso de Alagoa Grande em toda a Paraíba e Brasil afora. “Nada mais justo”, afirma.
Eternidade – Ao ultrapassar o enorme portão de ferro que dá acesso ao Memorial Jackson do Pandeiro foi instalado um mural comemorativo pelo centenário de nascimento do artista. Porém, na mesma parede, abaixo à direita do mural, existe um pequeno mausoléu. Desde 2008 os restos mortais de José Gomes Filho, o Jackson do Pandeiro, estão abrigados no local. Uma placa em inox exalta a musicalidade, o compositor e percussionista que foi o artista. De acordo com Marcelo Félix, o traslado dos restos mortais foi a forma encontrada pela comunidade alagoagrandense de homenagear o seu filho mais ilustre.
Pandeiro gigante – Além do memorial que funciona no centro da cidade, assim que o turista vai se aproximando de Alagoa Grande ele é recepcionado por um gigantesco pórtico em forma de pandeiro. O outro detalhe da obra é uma uma placa proporcional ao monumento, com os dizeres: “Alagoa Grande – Terra de Jackson do Pandeiro”.
Fotos: Acervo PBTur/Ovídio Carvalho
Serviço:
Onde: Rua Doutor Apolônio Zenaide – 58388000 – Alagoa Grande
(83) 9.9114-5506
Horário: 08:00 às 17:00
Face: memorialjacksondopandeiro
Rodovia BR-230